
De acordo com um relatório da consultora imobiliária Savills, o mercado imobiliário no sul da Europa tem registado uma tendência positiva nos últimos anos, tendo atingido valores recorde em 2022. Portugal foi o país que registou o maior aumento, com um crescimento de 67% no volume de investimento imobiliário face ao ano anterior, totalizando 3,3 mil milhões de euros. Já Espanha representou 52% do total do investimento, com 16 mil milhões de euros, e teve um aumento de 39%, enquanto a Itália registou um investimento de 11,6 mil milhões de euros, mais 26% face ao ano anterior.
A região do sul da Europa absorveu uma maior percentagem do investimento imobiliário total no continente em 2022, com 11% contra os 6% em 2021, e acima da média de 7% registada nos últimos cinco anos. A recuperação do consumo interno após a pandemia e uma maior proteção contra o aumento dos preços da energia do que no resto da Europa contribuíram para estes resultados, considera a Savills.
O investimento transfronteiras atingiu um valor recorde de 18,7 mil milhões de euros, correspondendo a 59% do montante total investido no sul da Europa. A maior parte do capital estrangeiro investido na região veio de outras partes da Europa (23%) e das Américas (15%).
A consultora prevê que os fundamentos do mercado imobiliário continuarão fortes e a atrair investidores, particularmente em ativos residenciais não de primeira habitação. Acredita ainda que, em toda a região do sul da Europa, o desequilíbrio estrutural entre a oferta e a procura de ativos habitacionais e logísticos favorecerá o crescimento do mercado de arrendamento ou, pelo menos, a sua estabilização. E conclui que a procura dos inquilinos continuará a apoiar o investimento imobiliário nesta região.